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E pelo seu rosto, então, uma lágrima deslizou: uma fria, pequena e solitária lágrima. E ao perceber sua lágrima, ela descobriu-se humana. E isso a assustou.



Mas, ao mesmo tempo, sentiu seu coração bater mais rápido. Um calor de sentimento bom a invadiu. "Estou livre", pensou ela."Acabou".



Logo depois, uma outra lágrima fez companhia à primeira. E pouco a pouco, lentamente, mais lágrimas vieram, até que ela se deu conta de que estava chorando. Mas, por que chorava?



Aí, então, sentiu-se mais leve, como se todo o peso do mundo tivesse finalmente saído de suas costas.


E chorava, chorava. E sorria. Embora a olhassem como se ela fosse louca, sozinha, a chorar, sem motivo algum, ela sabia que, na verdade, sua tão sonhada liberdade chegara.


E, como a deusa do Egito, que, com suas lágrimas, foi capaz de criar o rio Nilo, ela, com as suas, tecia graciosamente seu novo futuro: um futuro mais leve, sem culpas, sem medos. Um futuro.


Um futuro em que, agora, ela acredita fielmente que poderia ser melhor.

1 comentários:

sullivan disse...

é ....
o que foi isso mesmo heim ?