Listen to that music... Or not

18:23 Edit This 1 Comment »

Tears In Heaven
Declan Galbraith


Would you know my name if I saw you in Heaven?

Would you feel the same if I saw you in Heaven?

I must be strong and carry on'

Cos' I know I don't belong here in Heaven...

Would you hold my hand if I saw you in Heaven?

Would you help me stand if I saw you in Heaven?

I'll find my way through night and day'

Cos' I know I just can't stay here in Heaven...

Time can bring you down, time can bend your knees

Time can break your heart, have you begging please, begging please...

Would help me stand if I saw you in Heaven?

Beyond the door there's peace, I'm sure

And I know there'll be no more tears in Heaven...

Would you know my name if I saw you in Heaven?

Would it be the same if I saw you in Heaven?

I must be strong and carry on'

Cos' I know I don't belong here in Heaven...

Here in Heaven...

Vazio

14:12 Edit This 1 Comment »
Me perguntaram se sou infeliz. Respondo: não, não o sou. És feliz, então? Não, também não o sou. O que és, então? Apenas vivo.

Disseram-me que em meus textos revelo uma alma sombria.
Não má, apenas como que sem alegria. É assim que se sentes?
Respondo: sim e não.

Eu não sei escrever sem sentir, assim como não sei sentir sem escrever.
Mas o que eu sinto não necessariamente é o que eu sinto, da mesma maneira que o que é dito nem sempre é o que se queria dizer.

Apenas sinto. Quando o lápis toca o papel, e as palavras fluem velozmente, eu sinto o que escrevo. Viajo. Naquele momento, sou capaz de sentir cada letra, cada sentimento traduzido em palavras que desenho. Mas eu não me sinto assim.
Não o tempo todo, pelo menos.

Solidão, amor platônico e despedidas são acontecimentos recorrentes na vida de qualquer um e, portanto, auto-explicativos. Apenas ponho os fatos em palavras, de uma maneira mais poética, mais lírica: é como eu sei fazer. O mundo é poético. Mas então sentes isso? Vives realmente o escreves ? Respondo: quem sabe?

Então, se não és o que escreves, por que só falas disso?

Porque sinto um vazio em meu coração. Nada que amedronte, não que tenha uma vida ruim, apenas sou assim. Quase não sinto a plenitude de viver.
E quando sinto, sei que nunca mais se repetirá, pois aquilo que no momento me completou já não fará sentido. Mas quando escrevo, sinto o que eu digo. Naqueles minutos em que ponho as idéias no papel, estou viva de verdade.

Que fazer, então? Não há nada a se fazer. Apenas a se escrever.
Pois enquanto escrevo, há vida. Crio. Sou. Sinto.

Enquanto houver a palavra, viverei.

die poser die

15:27 Edit This 1 Comment »
Um vento frio acaricia o meu corpo. Os ruídos da noite embalam o meu sono. O baque surdo de um corpo morto. O grito agudo num templo profano.
Passos, murmúrios, lamentações. Olhares carregados de medo.
Pessoas que vivem com suas frustrações, que levam para o túmulo todos os seus segredos. E assim há de ser, por toda a vida: um eterno desprazer/descontentamento, a falta de alegria só castiga.
Não importa o que venha depois. Fantasmas do passado nos atormentam.
Um passado que se foi se faz presente. O adeus, uma vez dito, ecoa no futuro.
A morte encerra uma verdade, uma dúvida e uma confissão.
O túmulo guarda um corpo, protege uma alma, devora um coração.
O frio é intenso.
Sinto-me morrer, sem estar viva.
Sinto-me viver, sem ter nascido.
Amo. A quem? Sinto o amor brotar em meu seio e morrer em meus lábios.
Velas iluminam o meu sorriso. Imagens brancas passam diante dos meus olhos. Caveiras.
Não sinto o calor da roupa que me cobre, apenas o frio.
Gritos. Por que sussuram tão alto? Não respeitam a viuvez da solidão?
O adeus me persegue: quer me dizer, em meu leito, suas últimas palavras.
Me olham com pena. Estou no fim.
Frio. Já não sei o que é.Nem o que foi. O 'será' me assusta. O futuro.
Frio. Uma chama em algum lugar se acende. Calor. Luz. Vento.
O fogo, aos poucos, pelas frestas da janela, se esvai.
Frio. Passos. Choro. Sinto-me ir. Não quero. Uma mão toca a minha.
Calor. Esperança. Já não vejo quem está lá. Frio. Ninguém zela meu sono eterno.
Abro os olhos. O negro do teto sem luz me esmaga. As paredes se fecham sobre mim.
Sento-me na cama. Ninguém. Estou só. Lembranças me angustiam. O coração desabalado.
Mais uma vez. Um grito. Agudo. Insistente. "Adeus".

Bad Decisions

17:18 Edit This 2 Comments »
Muitas vezes você tem que tomar sérias decisões, daquelas do tipo que podem mudar sua vida.
Nenhum erro pode ser cometido, nada pode dar errado, sem essa de decisão mal-feita, afinal, um passo em falso e tudo desmorona. Podemos ter que dizer adeus à amigos, trabalho, escola, família, até, e nunca mais nada será como antes.
Um decisão mal-feita e toda a sua vida vai pelo ralo. Tudo porque você não pensou muito bem naquele problema, ou decidiu rápido aquela proposta. Achou que o que queria era mais importante do que aquilo de que precisava. Preferiu -na maioria das vezes- o bem estar financeiro ao emocional. Sempre deixando o mais importante para depois. Definiu suas prioridades sem ligar para o que sua pobre consciência berrava em sua cabeça. Achando-se o máximo, seguia pisando nos outros, certo de sua 'grande decisão', para depois, derrotado, descobrir que não valeu a pena.

O caminho que você trilhou com tanta certeza mostrou-se
um atalho direto para a infelicidade. E o pior, você se tocou disso tarde demais. Aqueles que observavam, ao longe, você andar por esse caminho torto, já cansaram de esperar sua volta: você mesmo deixou o mais importante para depois...
Por causa de um ideal, um ideal em que nem mesmo você acreditava fielmente, você desperdiçou a realidade -uma realidade que, por sinal, um dia lhe bastou.
Mas agora tudo que lhe restará serão lembranças, e a culpa de saber que foi você quem virou as costas para tudo. Mesmo dizendo pra si mesmo que não, mesmo berrando aos quatro ventos que 'não, não foi sua culpa', em algum lugar do seu peito um sentimento de culpa estará latente.
E então, você finalmente ouvirá a voz da sua consciência -rouca de tanto gritar- dizer pra você: eu te avisei. E de nada adiantará tapar os ouvidos: sem ideais e sem realidade, nada irá distraí-lo agora, e você será obrigado a lembrar repetidamente do apelo que você fingiu nunca escutar.

Preciso

14:43 Edit This 2 Comments »
Preciso sair mais, preciso saber mais, preciso falar mais, preciso sorrir mais, preciso viver mais...

...Porque não agüento mais a rotina, porque não agüento mais as surpresas repetidas, porque não agüento mais o vazio que se faz presente no meu coração.

...Porque por mais que eu corra, ele sempre me alcança. Porque por mais que eu faça, ele é sempre o mais forte. Porque por mais alto que eu fale, ele sempre irá gritar.

...Porque sinto frio no calor, e calor no frio; alegria na tristeza, tristeza na alegria.

...Porque nunca sou o que pretendo ser, porque nunca pretendo ser o que eu sou.
Mas o que sou, não sei.